24 de dez. de 2010

Manhã



 

Uma concha de luz. Uma rosa, talvez.
Talvez, uma vagina parindo...
Por ser o desejo rudimentar,
O caminho seguido não me deixa chegar.
Penso na invenção segredada,
Na rosa aberta que os horizontes abrigam
Expelida assim, despetalada... 
Porque chegar é estarrecer-se.
É descobrir tardiamente que não há nada!

(...)

Manhã é luz que nasce dissipada
Justificando, vazia e silenciosamente,
A existência das coisas inanimadas.