O olhar vê, o olho não.
Quando nada mais alcança o que foi apalpado
O olhar vê o que deseja ver
E o corpo se sente, por algum instante, como um espelho
Mergulhado na sombra de dias e noites tão iguais,
Onde tudo está apenas em estado de repouso.
Ser cego é ver o invisível.
É alongar dedos, abrir ouvidos,
Espraiar na terra todos os sentidos.
Buscar em si o que não está em si
E encontrar; e, antes de encontrar, saber que está ali,
Não em si, mas em algum lugar,
Enterrado na escuridão.
Um comentário:
Gostei de mais uma vez navegar por aqui Poeta...
Abraços
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